Qual atividade física é melhor para mim?


Kemilyn Navalon, de Santos/SP, formada em Educação Física e pós graduada em Treinamento de Força e Musculação, trabalha como Personal Trainer e é professora de Ginástica Coletiva. Proprietária do perfil Cansei de Ser Panifat. Entre em contato clicando aqui.
Essa é uma pergunta que muitos de nós, professores, ouvimos da maioria dos alunos. A busca por uma atividade física que realize todos nossos sonhos de uma só vez, pra não dizer um milagre.

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Mulheres querem emagrecer, querem endurecer o “músculo do tchauzinho”, querem melhorar flacidez interna das coxas e querem vestir 38 ao invés de 44. O que não é nenhum problema, a não ser quando querem isso a curto prazo.

O mesmo também serve para os homens. A barriga arredondada de quem não nega uma cervejinha várias vezes na semana ou toma logo 20 latinhas no churrasco de domingo. Querem um tanque pra lavar roupa ao invés de uma barriga, isto quando a procura não é do milagre da “canela” mais grossa, fazendo 5 exercícios diferentes pra panturrilha (isso é milagre mesmo).

Mas afinal, qual a melhor atividade física pra você?

Em primeiro lugar, aquela que te dê prazer. Em segundo, aquela que se adeque ao seu objetivo. Muitas vezes, vejo alunos fazendo apenas as que lhe geram algum tipo de entretenimento, mas estão muito distantes do objetivo físico. São excelentes pra mente, mas não para aquilo que seu corpo precisa.

Esse aluno fica alternando de modalidade em modalidade e até duram nela, mas quando não percebem a mudança externa, trocam de método, culpando o anterior. Por mais que se dediquem 100% a atividade, o resultado não acontece, porque a modalidade não está alinhada ao seu objetivo.

Também pode ocorrer o contrário. Por alguma recomendação médica, por algum texto tendencioso ou indicação de um amigo, a pessoa se aventura em algo que não tem nada a ver com o que ela gostaria, mas tenta porque precisa ou pelo suposto efeito rápido.

Essas pessoas não duram 3 ou 6 meses em suas tentativas. Primeiro porque os efeitos não são rápidos, o que gera uma frustração e aí desistência. Segundo porque muitas vezes os resultados não ficam perceptíveis devido a falta de dedicação aos treinos por estes serem “chatos” ou uma obrigação.

A pessoa que faz o que gosta, ainda que longe dos seus objetivos, tem mais ganhos do que a que faz o que não gosta.

Claro, que se por algum motivo você não pode fazer o que gosta por uma limitação de saúde, você não precisa tentar suicídio em prol do seu prazer ou da estética. Mas existem muitas modalidades fitness hoje, muitas mesmo.

Eu duvido que você já tenha experimentado de tudo

Não pode correr? Dance. Não pode dançar? Faça ginástica localizada. Não gosta de ginástica? Faça musculação. Musculação é muito parado? Faça treinamento funcional. Entediou do funcional? Aulas ao ar livre. Estressou? Yoga, pilates, alongamento. Calor demais? Matricule-se na natação, na hidroginástica. Sem dinheiro? Vai correr ou andar de bicicleta. Opções não faltam. Depois que você descobrir as que te agradam mais, certifique-se que elas estão dentro do seu objetivo.

Qual atividade fisica é melhor pra mim?

Já ouvi muitas vezes mulheres que buscam na aula de dança “endurecer” pernas e glúteos. Dança e ganho de massa muscular são direções opostas, assim como pilates e alto gasto calórico.

Nenhuma atividade física é errada ou ruim. Às vezes elas apenas não estão adequadas à sua individualidade biológica e ao seu objetivo.

Além do que todas elas, sem exceção, só farão efeito com uma alimentação balanceada que também respeite suas particularidades.

Treinos bons não salvam dietas ruins

Procure a ajuda de profissionais de educação física e de nutrição para que possam te ajudar a traçar esse caminho sem ir para a direção errada ou por falsos atalhos. Seu corpo não está mudando? Verifique se está lhe faltando motivação e dedicação naquilo que você faz e tenha certeza que você escolheu corretamente a atividade física que te leva até o seu objetivo.