Rita Lee: a padroeira da liberdade e ovelha negra do rock brasileiro

Rita Lee foi uma das cantoras e compositoras mais importantes e icônicas da música brasileira.

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Ela nasceu em São Paulo em 31 de dezembro de 1947 e cresceu em uma família de classe média. Desde jovem, Rita Lee já demonstrava seu amor pela música, especialmente pelo rock.

Na década de 1960, Rita Lee se tornou vocalista da banda Os Mutantes, que rapidamente se tornou um dos grupos mais importantes e influentes da cena musical brasileira. Com um som psicodélico e experimental, Os Mutantes logo conquistaram uma base de fãs fiéis e começaram a se apresentar em todo o Brasil.

No entanto, Rita Lee sempre foi uma Ovelha Negra na indústria da música brasileira. Ela era uma mulher em um mundo dominado por homens, uma roqueira em um país que ainda estava aprendendo a apreciar o rock, e uma artista que se recusava a se encaixar em qualquer rótulo ou categoria.

Em 1972, Rita Lee deixou Os Mutantes para seguir carreira solo. Seu primeiro álbum, intitulado “Build Up”, foi lançado em 1970 e contou com a colaboração de músicos como Gilberto Gil e Caetano Veloso. O álbum foi um sucesso, com canções como “Agora é Moda” e “Menino Bonito” se tornando hits.

Rita Lee vai de Ovelha Negra da família a padroeira da liberdade

Ao longo dos anos 1970 e 1980, Rita Lee lançou uma série de álbuns solo de sucesso, incluindo “Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida” (1972), “Atrás do Porto Tem uma Cidade” (1974) e “Babilônia” (1978). Suas músicas eram uma mistura de rock, pop, MPB e influências internacionais, e suas letras muitas vezes abordavam temas sociais e políticos.

Apesar de seu sucesso, Rita Lee ainda enfrentava preconceito e discriminação por ser uma mulher no mundo da música. Em uma entrevista de 1982, ela declarou: “Não é fácil ser mulher, jovem e cantora de rock. As pessoas me criticam por não ter um bom comportamento, por não me comportar como uma senhora. Mas, na verdade, eu sou uma senhora, sim. Uma senhora do rock”.

A reinvenção musical de Rita Lee nos anos 90 e sua aposentadoria dos palcos

Nos anos 1990, Rita Lee continuou a inovar e se reinventar. Ela colaborou com artistas como Roberto de Carvalho e escreveu músicas para trilhas sonoras de filmes e programas de televisão. Em 1997, ela lançou o álbum “Santa Rita de Sampa”, que apresentava canções com temática religiosa.

Em 2007, Rita Lee lançou “Pittsburgh”, seu último álbum de estúdio. Ela continuou a se apresentar ao vivo, mas em 2012 anunciou sua aposentadoria dos palcos, citando problemas de saúde e a necessidade de descansar.

O legado de Rita Lee na música brasileira e seu impacto na representação feminina na indústria musical.

Hoje, aos 75 anos de idade, Rita Lee é reverenciada como uma das mais importantes artistas da música brasileira. Ela quebrou barreiras e abriu caminhos para outras mulheres na indústria musical, tanto em termos de estilo quanto de atitude.

Sua carreira musical influenciou e inspirou várias gerações, especialmente as mulheres, que encontraram em suas letras e em sua postura uma voz de empoderamento e liberdade. Rita Lee é uma figura emblemática e inesquecível da música brasileira, e seu legado continuará vivo por muitos anos.